As estratégias para vender mais na Black Friday

A Black Friday costuma ser lembrada como o momento ideal para comprar eletrônicos gastando menos dinheiro. Outros setores, contudo, querem entrar na onda dos “descontos gigantes”. Um deles é o segmento de serviços. Segundo Rodrigo Rodrigues, diretor do Google Customer Solutions para a América Latina, essa é uma das boas estratégias. Ele destaca que há espaço para todo mundo que “vende alguma coisa”, de agências de viagens a fintechs.

“Um dos principais erros dos empreendedores é achar que não podem investir nessa data e competir com as grandes varejistas”, disse o executivo no Retail Summit 2019, evento do Google que discutiu as tendências do mercado e mostrou como os negócios podem se preparar para a Black Friday. A data movimentou R$ 2,6 bilhões em 2018, de acordo com informações do Ebit.

Veja abaixo algumas estratégias para vender mais na data:

Teste suas estratégias

Fique de olho nas datas comemorativas que ocorrem antes da Black Friday. Este é um dos principais conselhos de Thiago Picelli, gerente de contas Google Customer Solutions do Google Brasil. “O dia das Crianças e do Consumidor são oportunidades interessantes para validar estratégias e colocar todas as possibilidades na mesa”, diz.

Como o fluxo dos clientes não é tão grande, é possível analisar em quais produtos a empresa quer focar e testar como as ferramentas se comportam – ou seja, se não vão causar problemas de experiência para o consumidor.

Para o diretor Rodrigo Rodrigues, esse também é um momento importante para aumentar a base de clientes. “Se você faz uma promoção em períodos anteriores à Black Friday, pode conquistar pessoas que não conheciam o seu produto. Caso gostem, eles vão lembrar da marca e voltar a comprar”, afirma. De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa, 39,9% dos consumidores preferem comprar em lojas conhecidas.

Aposte no simples

Muitos empreendedores pensam que é preciso ter um grande capital para investir no e-commerce. Para Rodrigues, esse é um mito que precisa ser quebrado. “A maioria das buscas é feita pelo celular, então o site das empresas tem que ser rápido e fácil de navegar. Vale a pena ter uma página, nem que seja para incluir apenas o telefone e o endereço da loja ou um atalho para ligar direto no estabelecimento”, afirma.

O executivo destaca que estar presente no meio digital é muito importante, mesmo que a empresa não tenha um site. Nesse caso, ela pode ter outras redes ou canais. A pesquisa realizada pela empresa apontou que 80% dos consumidores alternam entre buscas online e vídeos ao pesquisar por produtos. Mais de 90% descobriram novos produtos e marcas pelo YouTube.

Não se importe apenas com o preço

O valor dos produtos é importante para competir em momentos como a Black Friday. Entretanto, outros componentes também entram nessa balança e fazem toda a diferença na hora da compra. Um dos principais deles é o frete. Não cobrar pelas entregas, segundo Thiago Picelli, tornou-se um diferencial para as empresas. De acordo com a pesquisa, 15,6% dos consumidores consideram esse aspecto importante na hora de comprar.

Algumas empresas também criaram novas formas de atrair os clientes. Uma das modalidades é o Cashback (“dinheiro de volta”), programa que devolve o dinheiro do consumidor em forma de bônus para gastar nas próximas compras.

Outra estratégia comum é oferecer cupons de descontos. “A vantagem dos pequenos e médios negócios é que eles são mais dinâmicos e podem aplicar essas políticas sem levar muito tempo. Assim, já podem ver o que têm no estoque para fazer promoções”, diz Fernanda Bromfman, gerente de Google Customer Solutions do Google Brasil.

Integre o meio online com o físico

Trabalhar em multicanais também é importante para as empresas, principalmente em meio a uma maior tendência de retirada dos produtos na loja. “A cada três vendas offline, uma é influenciada pelo digital”, diz Bruno Cantarim, gerente de desenvolvimento de negócios do Google Brasil.

Segundo ele, a loja física também está tendo um papel diferente nesse novo cenário. É possível, por exemplo, que o consumidor veja um produto online e depois vá até a loja para testá-lo.

Por Amanda Oliveira

Fonte: PEGN

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